Novembro Azul: câncer de próstata matou 17 mil no Brasil em 2023
- Antonio Leria
- 6 de nov. de 2024
- 3 min de leitura
Tratamento é eficaz quando é feito o diagnóstico precoce
O câncer de próstata matou 17 mil homens no Brasil em 2023, de acordo com levantamento da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), com base em dados do Ministério da Saúde. É uma média de 47 casos por dia. O dado consta de reportagem da Agência Brasil sobre o Novembro Azul, mês dedicado à saúde do homem e a conscientização sobre o câncer de próstata - o mais frequente entre os homens brasileiros depois do câncer de pele.
De acordo com a SBU, cresce o risco de aumento dos casos de câncer de próstata em todo o mundo. O mesmo cenário é compartilhado pela revista científica internacional Lancet. A comissão de câncer de próstata da respeitada publicação projeta que os casos no mundo devem duplicar até 2040, passando de 1,4 milhão em 2020 para 2,9 milhões em 2040, devido ao aumento da expectativa de vida global. A previsão é que também haja um aumento de 85% do número de mortes (de 375 mil em 2020 para 694 mil em 2040).

Sintomas
Uma das propostas da SBU, na campanha Novembro Azul deste ano, é chamar a atenção para o fato de que o câncer de próstata apresenta poucos sintomas em sua fase inicial e que, se o homem esperar por esses sintomas, pode descobrir uma doença em estágio avançado e possivelmente em metástase (quando as células cancerígenas se espalham para outros órgãos). Por isso o diagnóstico precoce é a melhor forma de possibilitar a cura da doença.
De acordo com material disponibilizado pela Biblioteca Virtual em Saúde, do Ministério da Saúde (BVSMS), quando alguns sinais começam a aparecer, cerca de 95% dos tumores já estão em fase avançada, dificultando a cura. Na fase avançada, os sintomas são: dor óssea, dores ao urinar, vontade de urinar com frequência e presença de sangue na urina e/ou no sêmen.
Entre os fatores de risco estão, histórico familiar de câncer de próstata (pai, irmão e tio); obesidade e raça: homens negros sofrem maior incidência deste tipo de câncer. Mesmo na ausência de sintomas, homens a partir dos 45 anos com fatores de risco, ou com 50 anos e sem estes fatores, devem ir ao urologista para conversar sobre o exame de toque retal, que permite ao médico avaliar alterações da glândula, como endurecimento e presença de nódulos suspeitos, e sobre o exame de sangue PSA.

Exame de próstata
Devido ao preconceito que envolve o exame de próstata, muitos homens são diagnosticados quando a doença já está em estados mais avançados, o que leva a uma alta taxa de óbitos. É necessário a realização de check-ups para prevenir a doença e evitar que seja tratada apenas em estágios mais avançados. Em todas as faixas etárias, o urologista deve ser consultado.
Outro texto da BVSMS destaca que cerca de 20% dos pacientes com câncer de próstata são diagnosticados somente pela alteração no toque retal. Outros exames poderão ser solicitados se houver suspeita da doença, como as biópsias, que retiram fragmentos da próstata para análise, guiadas pelo ultrassom transretal.
A indicação da melhor forma de tratamento vai depender de vários aspectos, como estado de saúde atual, estadiamento da doença e expectativa de vida. Em casos de tumores de baixa agressividade há a opção da vigilância ativa, na qual periodicamente se faz um monitoramento da evolução da doença intervindo se houver progressão da mesma.
O que é a próstata?
A próstata é uma glândula do sistema reprodutor masculino, que pesa cerca de 20 gramas e se assemelha a uma castanha. Localiza-se abaixo da bexiga e sua função é produzir e armazenar o líquido prostático que, junto com o líquido seminal produzido pelas vesículas seminais e os espermatozoides produzidos nos testículos, forma o sêmen.
Prevenção
De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), entre as medidas preventivas contra a doença estão manter uma dieta rica em frutas, verduras, legumes, grãos e cereais integrais; menos gordura, principalmente as de origem animal. A alimentação saudável ajuda a diminuir não somente o risco de câncer, mas também de outras doenças crônicas não-transmissíveis.
Outros hábitos saudáveis também são recomendados, como fazer no mínimo 30 minutos diários de atividade física, manter o peso adequado à altura, identificar e tratar adequadamente hipertensão, diabetes e problemas de colesterol, diminuir o consumo de álcool e não fumar, praticar sexo seguro e, cuidar da saúde mental.
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